Matéria: Na contramão dos concorrentes
Revista Exame Edição 918 Ano 42 No. 9 - 21/05/2008
Jornalista Malu Gaspar
RESUMO
Há três anos havia um temor na Shell sobre sua saída do Brasil, visto a pior crise que passava por aqui, em 92 anos. Sua rede de postos e participação no mercado havia diminuído 50%. Com a venda da Esso e rumores sobre a saída da Texaco, o presidente da Shell no Brasil, Vasco Dias, garantiu que, ao contrário dos concorrentes, a Shell fica.
Estratégia
- Forte aproximação com todos escalões da empresa, fazendo reuniões com grupos de 15 à 20 funcionários por vez;
- Inversão da política que distanciava a empresa dos donos de postos de gasolina;
- Estimulação da marca em estados com potencial de crescimento, como a região Centro Oeste;
- Potencialização a venda no varejo, principal fonte de receita da empresa.
Resultado
- Recuperou fatia do mercado;
- Triplicou o faturamento geral da empresa;
- Investimentos com objetivo de triplicar a produção de petróleo no Brasil até 2009.
REFLEXÃO CRÍTICA
O Presidente da Shell inovou radicalmente os conceitos até então praticados pela empresa no Brasil. Reinventando a empresa, utilizou-se das informações de seus parceiros internos e externos, para buscar novas estratégias corporativas e alçar novos rumos, num cenário a princípio em decadência. A inovação estará sempre presente quando estamos nos redescobrindo, o mais complexo mecanismo é tão simples, que por ora esquecemos de obter novas visões. A matéria se desenvolve de maneira parcial, fruto da colheta de informações que supri a necessidade inicial, mas ao mesmo tempo promove uma pesquisa de campo na intenção de responder ao questionamento central, porque diante do êxodo das principais petrolíferas no país, a Shell resolve ficar, obter sucesso na sua decisão e se preparar para alcançar novos objetivos?