quinta-feira, 16 de outubro de 2008



CARLZON J, LANGESTROM T, Momento of Truth, 1985, Tradução de Silveira M, A Hora da Verdade – O Clássico sobre Liderança, que revolucionou a Administração de Empresas. Brasil, sextante, 2005, p. 83-108.


É importante assumir riscos. Para conseguirmos dar o salto desejado é necessário ousar e não existe ousadia sem riscos. Segundo Carlzon, a estratégia claramente estabelecida faz com que o salto seja mais fácil, sendo uma questão de coragem, às vezes beirando à temeridade, combinada com uma grande dose de intuição. No mundo global poucos possuem estas características, geralmente somos avessos a mudanças, então não há ousadia. Coragem e determinação são fatores preponderantes ao sucesso das novas idéias, o livro narra o caso onde os empregados, imbuídos de um propósito comum, superaram as resistências na implantação e execução de suas estratégias, permeados por uma boa dose de intuição, senso de oportunidade e repletos de criatividade e liderança.
Carlzon lança a discussão sobre profissionais tecnicamente brilhantes, que acabam falhando nas estratégias por serem altamente técnicos, mas nem sempre com a habilidade necessária para tomar decisões.
Ter senso de oportunidade é importante numa análise de negócios para se evitar descaminhos, assim como alçar metas aceitavelmente grandes proporciona inconscientemente o desejo de alcançá-la.
Delegar atribuições, responsabilidades e deixar fluir a criatividade, são de grande valia no mundo corporativo, na conquista e manutenção da liderança e isso significa também assumir riscos e deixar as pessoas com liberdade também para isso. Lidar com as conseqüências, agindo com determinação, senso de oportunidade e motivação, nos proporciona quebrar paradigmas e conquistar os desafios que são impostos no mundo corporativo. As lideranças devem ensinar e aprender com os erros, mas jamais aceitar a incompetência em detrimento das estratégias.

Outro fator de preponderância para o sucesso das organizações no mundo atual são as COMUNICAÇÕES e sua atuação no processo motivacional. O autor cita o exemplo do “livrinho vermelho”, que foi uma simples introdução das mudanças organizacionais na companhia e bem absorvido pelos funcionários. Simples e objetivo, transmitia o novo ideal e convencia os empregados a fazerem as coisas de maneira diferente.
A comunicação é a maior prioridade na Administração. Expressar-se de forma correta na transmissão da estratégia, é de suma importância para liderança atual. Devemos transmitir as mensagens, em qualquer ambiente, de forma que sejam facilmente compreendidas. É melhor ser claro e simples do que correr o risco de ser mal interpretado. As mensagens não precisam ser pomposas, mas devem servir como um grito de guerra a todas as pessoas envolvidas.
Os aspectos simbólicos também são maneiras de reflexão da liderança, pois todos os atos e formas de expressão do líder possuem valores, pois é absorvida e seguida pela equipe, que se espelha no exemplo a ser seguido. Esta exemplificação é uma forma muito poderosa de comunicação sendo capaz de influenciar as pessoas em prol de uma estratégia ou torná-la desastrosa.
Carlzon, defende no capítulo 9, a separação das decisões estratégicas globais dos elementos individuais da estratégia, sem perder de vista a sinergia na comunicação entre as hierarquias e o papel fundamental dos Conselhos. Quanto aos sindicatos, a distância também é verificada. Os Gerentes “odeiam” os sindicatos, mas estes também podem contribuir para o trabalho da corporação. Como a razão da sua existência são as pessoas da base da pirâmide e sua função é examinar e questionar as decisões que foram tomadas pela direção das companhias, numa organização com processo decisório descentralizado esse papel muda fundamentalmente. Eles não devem ser adversários das pessoas cujos interesses representam, proporcionando uma relação mais próxima com esses órgãos, o que certamente se converte em benefícios para todos, quando estes compreendem a visão conceitual da companhia, daí a relevância dos conceitos abordados pelo autor nos três capítulos, referindo-nos à assunção de riscos, ao poder da comunicação e ao relacionamento entre áreas internas e externas às corporações, como fatores preponderantes do sucesso corporativo no mundo globalizado.
Apesar da distância temporal que separa o livro de Carlzon da nossa realidade, seus conceitos ainda permanecem atualizados e a forma como transformou a SAS ainda se faz presente em grandes companhias.



MATÉRIA: ESTE JOVEM CONSTRUIU UMA MULTI EM 2 ANOS.
Eis a história do novo Brasil: A incrível saga de Marcos Molina dos Santos, controlador do Grupo Marfrig, filho de açougueiro, abriu sua primeira empresa aos 16 anos e hoje, aos 38, possui 60 plantas em nove países.
REVISTA: Época Negócios Ano 2 Agosto 2008 Edição 18 Pág 69-77 Link da reportagem
JORNALISTA: Alexa Salomão


RESUMO
A matéria conta a saga de Marcos Molina, fundador do Grupo Marfrig, que começou montando um negócio derivado do açougue que seu pai possuía, através do conhecimento do cliente, que permanece como estampa principal dos seus negócios, o produto se cria, já o cliente se conquista e se mantém de forma a se tornar a principal fonte de riqueza da empresa e sua razão de ser, tudo isso combinado com muita ousadia e visão ampliada do negócio, a base da reportagem ilustra estas virtudes nas atitudes do empreendedor e inovador Molina, hoje possuidor de uma das maiores empresas do ramo e com 60 plantas em 9 países, aprendeu a lidar com o agronegócio e os riscos inerentes, diversificando o tipo de carne e seu o corte, de forma a alcançar o maior número de clientela possível e suas nuances, unificando a cadeia de valor em prol de uma boa negociação para as partes envolvidas, conhecendo os riscos governamentais e ambientais do negócio e concebendo a visão de ampliação externa dos negócios.

ANÁLISE CRÍTICA
A reportagem, como todas da revista Época Negócio presa pela visão imparcial e pela percepção do jornalista em face do empreendedor, por si só toda estória de sucesso é empolgante e nos faz refletir sobre nosso momento, seja ele estático ou dinâmico, ocioso ou energizado, o importante é verificar um Brasil que está dando certo, que começa a trilhar o caminho inverso das Grandes Navegações, levando ao mundo através do processo de globalização a cultura brasileira.
Fazendo uma simbiose com o livro do Carlzon, vimos presente no Marcos Molina a presença da OUSADIA, da assunção de RISCOS, contruindo seu negócio tendo o cliente como principal elemento da formação estratégica da organização.


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