quinta-feira, 18 de setembro de 2008

TAM ACIONA AS TURBINAS

Revista Isto é - Edição 572 - 12/09/2008 - Link

Reportagem de Adriana Nicacio.

Há um ano, a empresa sofria com a imagem arranhada, prejuízos financeiros e perda de clientes. Hoje, contabiliza lucros, atinge participação recorde de mercado e investe como nunca. O que há por trás dessa virada espetacular?

A reportagem mostra como a TAM, a maior empresa aérea do Brasil atualmente, teve que se reestruturar para recuperar a credibilidade e o mercado perdido depois do grave acidente ocorrido em julho/2007 no Aeroporto de Congonhas em São Paulo.

A mudança de direção, a motivação necessária, os investimentos feitos em manutenção, substituição de aeronaves, treinamento e atendimento, cortes de despesas e custos e novas tarifas, fizeram com que a TAM recuperasse o mercado, aumentasse sua lucratividade e conseguisse reverter o quadro negativo decorrente do fato ocorrido.

No Livro A Hora da Verdade, de Jan Carlzon, em comparação a situação das duas empresas, A sueca SAS e a brasileira TAM, notamos que as mudanças que ocorreram na segunda são similares ao que aconteceu na Sueca. Desta forma vemos que o que foi feito nas décadas de 70 e 80 no que se referem à mudança filosófica administrativa, as historias são similares e apresentam o mesmo efeito. Mudanças comportamentais e estruturais na forma de administrar levam a quebra do paradigma e mostram que um líder deve comandar, ouvindo e delegando a seus subordinados de forma a conseguir motiva-los e mostrar-lhes a importância que tem na organização.
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CARLZON, J., LANGERSTROM T., Moment Of Truth, 1985; Tradução de SILVEIRA da, M, A Hora da Verdade – O clássico sobre liderança que revolucionou a Administração de Empresas. Brasil, Sextante, 2005, p. 15-50.

CARLZON,J, (1985) descreve sua carreira profissional, que com 06 anos de experiência, na década de 70, assume a presidência da empresa VINGRESOR, uma companhia turística sueca que apresentava prejuízos e estagnação e onde tentou sem sucesso, usando a tática do líder ditador e centralizador mudar esta situação e com isso pouco conseguiu, após rever seus conceitos sobre liderança e atitudes e com idéias revolucionárias conseguiu mudar o quadro da empresa. Mais tarde, em 1978 recebeu o convite para dirigir a LINJEFLYG, empresa aérea doméstica da Suécia, em situação similar a anterior. Uma nova situação profissional, mais estimulante e desafiadora do que a do cargo atual, aceitou a nova empreitada e com a experiência adquirida na VINGRESOR, revolucionou o mercado de aviação com a mudança do paradigma da empresa, corte de custos e tarifas e a mobilização da equipe, implementou mudanças mercadológicas, técnicas e conceituais até então usuais neste mercado. Com 36 anos, Era naquele momento, o presidente mais jovem de uma empresa de aviação.
Em 1980, após o sucesso na LINJEFLYG, foi convidado para dirigir a empresa mãe, já que a LINJEFLYG era um braço da SAS – Scandinavian Air System, mais uma vez, descentralizando as decisões, investindo em treinamento, criando serviços diferenciados, diminuindo a burocracia e conseqüentemente aumentando o numero de passageiros, diminuindo a distancia entre a empresa e seus clientes e o lucro da organização.
A SAS conquistou prêmios de melhor empresa aérea do ano e do mundo por essa administração inovadora.

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